Nossa cruz diária na universidade

Por Davi Lago

José Miranda, ex-presidente da Aliança Bíblica Universitária disse: “No Evangelho não existe cruz de isopor nem deserto para atravessar de avião”.

Se Deus dá de si mesmo em promessas, devemos dar de nós mesmos em deveres. Em resposta às bênçãos de Deus para nossas vidas, devemos manifestar nosso amor a ele e carregar nossa cruz diariamente na universidade. “Jesus dizia a todos: ‘Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me’” (Lc 9.23). Mas, o que significa carregar a cruz?

Para os judeus no tempo de Jesus, a cruz tinha um significado muito claro: morte. Os registros históricos nos dizem, por exemplo, que o general Varas alinhou várias cruzes na Galiléia como forma de repreender uma rebelião que começou ali. Os judeus estavam habituados a verem pessoas crucificadas.

Portanto, tomar a cruz também tinha um significado claro para os ouvintes de Jesus: carregar a cruz era caminhar para a execução, caminhar para a morte. Ou seja, Jesus disse que para ser um discípulo dele precisamos caminha para a morte todos os dias. A morte do nosso “eu” pecador. Nossa cruz não é uma esposa briguenta, ou uma doença, ou qualquer outro desconforto dessa vida. A cruz é nossa carne, nossa natureza pecaminosa. Ser crucificado significa abandonar a idolatria do eu pecador. Thomas Brooks pediu a Deus: “Livra-me daquele homem mau: eu mesmo”. A cruz é a nossa luta diária contra a carne (Rm 8.36).